Olhares se cruzam o dia inteiro como se estivessem à procura de outro olhar que “se encaixe” ao seu. Um olhar. Um amor. Passamos a vida procurando nosso eterno amor. Toda paixão se torna o amor da nossa vida. Mas a paixão diferente do amor tem prazo de validade, essa se apaga. Então encontramos com a dor do coração partido. Mais uma vez nos enganamos, mais uma vez ágüem sai com o coração partido.
Os olhares voltam a se cruzar, voltam a se cassar como a leoa no coração da selva africana. No metro. Na rua. Na balada. Nada. O olhar nos surpreende sempre quando menos esperamos. Exatamente naquele dia que não nos arrumamos, que saímos com pressa. Independente disso o olhar esta lá nos esperando, acompanhando de um sorriso encantador, charmoso. “Será que é?” nosso coração se pergunta palpitante. Emoções se afloram, se misturam, se enlaçam, corações batem coordenadamente. É amor. O fogo arde, a esperança cega. Passa um tempo e ai, como um tapa na cara, acordamos para a realidade. Não é amor, é paixão. O coração mais uma vez partido se fecha, não quer soltar, dói de mais ter que deixar alguém que “amou” e conviveu junto por tanto tempo.
O coração aperta mais. Que ironia. Deixá-lo dói, prende-lo sem amor dói mais. Coração maldito! Faz-nos sofrer e amar sem ter dó de nos. Assim entramos em um dilema com uma opção: sofrer ou sofrer eis a questão.
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