Fundado em 2006 por Jack Dorsey, o Twitter tornou-se uma ferramenta importante para a mídia online. Canais de notícias como CNN (@cnn) e BBC (@bbcbreaking) já participam do Twitter ao lado de revistas como a The Economist (@theeconomist), Time (@time) e jornais, como New York Times (@nytimes). Apesar do jornalismo internacional ter saído na frente, a mídia brasileira não ficou para trás, sendo representada pela Folha Online (@folhaonline), UOL (@uolnoticias), Carta Capital (@cartacapital) entre outros. No entanto, os veículos não são os únicos a se manifestarem, jornalistas também utilizam seus perfis para dividir e adquirir informações.
Ainda não se sabe ao certo qual é a melhor forma de usar o Twitter para o jornalismo, deixando em aberto que padrões a mídia deve seguir. Enquanto isso, jornalistas vão testando maneiras de se adequar a esse novo meio de comunicação que requer concisão, velocidade e precisão. Veículos como o UOL apenas “tuítam” o feed das principais matérias de seu website, no entanto esta técnica vai contra a idéia do Twitter de transmitir a informação em 140 caracteres. Já a Carta Capital usa seu perfil de diversas formas, tanto para transmitir os feeds como para cobrir foruns jornalísticos organizados pelo próprio. Um veículo que tem mostrado eficiência e compreensão do real propósito do Twitter é o perfil do Terra (@terraaovivo); isso pode ser observado na cobertura do caso da Isabella Nardoni. O post vem com a informação completa incluindo o hashtags associados ao assunto e em alguns com um link para a matéria. Fica a critério do seguidor - pessoas que lêem, nesse caso, o que o Terra posta - se quer ou não ler uma matéria mais completa sobre o fato.
O caso da Isabella Nardoni, morta em março de 2008 aos 5 anos, teve grande repercussão na mídia. Com a evolução dos sites de informação, o julgamento de Alexandre Nardoni, pai de Isabella, e Anna Carolina Jatobá, madrasta, que teve início segunda-feria, 22, ganhou cobertura em tempo real online, principalmente no Twitter.
Os internautas acompanham o caso seguindo usuários criados apenas para essa cobertura como @justicajusta, @casoisabella e @julga_nardoni; o último idealizado pelo site Último Minuto da IG. O @terraaovivo esta se dedicando inteiramente ao caso Nardoni durante o julgamento. O caso também pode ser acompanhado pelas hashtags #nardoni e #casoisabella. Nos tags alem dos twits da cobertura “oficial” também se encontra a opinião das pessoas sobre o caso.
Uma ferramenta do Twitter que facilita seu uso é o API (Application Programming Interface). O API é uma interface cuja função permite programadores à desenvolvolverem ferramentas que se relacionam com o Twitter através do HTTP (Hypertext Transfer Protocol), permitindo que os usuários publiquem e leiam twitts sem precisar entrar no site, basta ter o programa. Os applications podem ser usados tanto nos computadores como em celulares. Em alguns países como os EUA, já se pode receber e enviar twitts via SMS no celular; essa era a principal idéia dos fundadores do Twitter ao limitar as mensagens a 140 caracteres. A idéia é que qualquer um possa enviar alguma informação ou comentário de qualquer lugar.
A mobilidade do Twitter foi exaltada em junho de 2009, com a explosão de protestos no Irã. As ruas de Teerã foram tomadas por manifestantes que não aceitavam o resultado das eleições. As imagens e informações sobre o que ocorria nas ruas, não apareciam na mídia tradicional já que são controlados pelo Estado, porém cidadãos com suas câmeras portáteis ou aparelhos celulares se tornaram jornalistas de 140 caracteres publicando informações, fotos e vídeos no Twitter. O mundo parou para assistir a maior revolução na comunicação do século XXI! A informação chegou as pessoas via twitts e causaram uma comoção online. O Twitter ficou verde em apoio aos protestos, e a oposição ao governo continuava a se organizar pelo micorblog ganhando cada vez mais força. Em relação a esse evento o jornalista estadunidense, Ross Kaminsky, disse a revista Época “Embora nós tenhamos discutido a ‘comunicação de massas’ por décadas, não tínhamos realmente visto o que era comunicação feita pelas massas até os últimos dias.”
Eventos como o ocorrido no Irã levaram jornalista a buscar potenciais notícias e fontes no Twitter. A Sky News criou um correspondente para o Twitter, cujo papel é exatamente procurar notícias no microblog. Isso mostra como o que é publicado na internet já não passa despercebido. Quando o ídolo do pop, Michael Jackson morreu em 2009, os primeiros a divulgarem essa informação, foram os responsáveis pelo perfil do TMZ no Twitter. O assunto ganhou espaço nos Trending Topics mundiais rápidamente devido a popularidade do TMZ. Em seguida, os websites da CNN e outros anunciaram que de acordo com a TMZ Michael Jackson havia falecido. Só bem mais tarde naquele dia, a grande mídia apurou a veracidade do fato.
Essa matéria estará publicada no Jornal da PUC, Contraponto. Quem tiver interesse que quiser uma cópia do jornal é só falar comigo!
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